O transporte escolar dos filhos é uma preocupação de muitos e muitos pais. Afinal de contas, por causa do trabalho ou de outras atividades, nem sempre é possível assumir o compromisso de levar as crianças diariamente ao colégio. Nesses casos, o transporte fica por conta de motoristas especializados nesse traslado. O detalhe é que, como esses profissionais não têm ligação com as escolas, os pais é que devem fiscalizar o serviço de pertinho. Que tal se unir a outros pais para que chequem juntos?
Essa atuação da família impede irregularidades e reduz as chances de acidentes por falta de segurança ou de capacitação no transporte escolar. Pronto para entender como exatamente desempenhar esse papel? Acompanhe nosso post de hoje!
Qual a responsabilidade do prestador do serviço?
Esse é um serviço de alta responsabilidade, que exige muitos cuidados e prevê diversos deveres por parte do prestador. Afinal, dentro do veículo estão crianças pequenas, que não só não saberão se virar em situações de risco como são muito mais frágeis, ficando mais que vulneráveis no caso de qualquer acidente. Isso sem contar que os pequenos também podem se amedrontar com certas situações do trânsito, ambiente propício para cenas violentas nas grandes cidades.
Levando em conta tudo isso, os pais devem ficar atentos a uma série de regras e normas que os condutores são obrigados a seguir para transportar crianças com a devida segurança. São esses procedimentos que vão garantir o bem-estar do seu filho. Continue a leitura e monte sua checklist!
O que observar em relação ao transporte escolar?
Os motoristas devem ser maiores de 21 anos e portar a CNH na categoria D. O portador desse documento está capacitado para fazer transporte de passageiros em veículos cuja lotação supera 8 pessoas — como micro-ônibus e até ônibus. Também é importante checar os antecedentes criminais do profissional e procurar saber se o condutor passou por treinamento específico. Essa fiscalização permite saber se o motorista está apto a dirigir um veículo de grande porte que exige responsabilidade sobre outras pessoas.
Sobre o veículo, verifique se ele está credenciado pela prefeitura da sua cidade. Aliás, o motorista também precisa ter essa autorização municipal, viu? O carro deve portar um selo indicando esse credenciamento e ter aquelas faixas amarelas laterais que informam sobre sua destinação: o transporte escolar.
Quais devem ser os cuidados com o veículo?
As prefeituras fazem vistorias semestrais nos veículos para checar condições de segurança e funcionamento. Sabendo disso, você pode checar se o motorista passou por todas as vistorias devidas desde que começou a trabalhar com transporte escolar, o que já garante uma segurança boa para seu filho.
A verdade é que os veículos são muito exigidos no trânsito das grandes cidades, enfrentando condições difíceis como buracos e pavimento irregular. Isso sem contar com o desgaste natural de quem trafega diariamente pelas ruas, não é mesmo? Por isso é que peças importantes para a segurança do transporte (como freios e amortecedores) precisam estar sempre em dia, em bom funcionamento.
Fora isso, os cintos devem estar todos funcionando e com as fivelas firmes, sem frouxidão. Os para-brisas dianteiros e traseiro precisam estar em bom estado, pois são essenciais para trafegar na chuva e garantir visibilidade ao motorista. Confira também o estado dos pneus e veja se a parte elétrica do veículo está funcionando — como faróis, luzes de setas e freios. Esses são itens essenciais para a boa dirigibilidade e, consequentemente, para a segurança dos pequenos passageiros.
O segredo está em sempre dar uma olhada no estado do veículo para ver se há algum tipo de avaria visível. Se houver, pergunte o motivo. Essa fiscalização que os pais fazem podem até criar um certo mal-estar com o motorista, mas é importante para aumentar sua sensação de segurança. O condutor deve entender a postura dos pais, que são clientes do serviço e estão confiando em terceiros para transportar seus filhos!
E quanto ao comportamento do motorista?
Veículo checado e motorista autorizado, procure conhecer um pouco mais o condutor do transporte escolar do seu filho. Por mais que ele tenha todas as autorizações e esteja apto a trabalhar nesse tipo de serviço, é importante saber mais sobre ele, perceber como ele se comporta e age diante das crianças.
Converse com a escola para ter referências do motorista. Descubra como foi o processo de seleção ou indicação. Vale também manter contato com os outros pais que têm filhos na mesma rota da sua criança. Assim, fica mais fácil identificar comportamentos tanto positivos como negativos.
Observe o comportamento do motorista na hora em que ele pega seu filho e quando ele o traz de volta. Veja se ele é educado, se arranca o carro de forma imprudente e se é atencioso com seu filho. Muitas vezes, por exemplo, é preciso estacionar do outro lado da rua no embarque ou desembarque, sendo necessário ter cuidado redobrado com o aluno nessa travessia. Ele acompanha seu filho até a porta de casa?
Converse também com seu filho sobre as viagens. Mesmo sem saber exatamente do que se trata, ele pode alertá-lo sobre alguma postura não compatível com o tipo de serviço contratado — como um linguajar inadequado, por exemplo. Qualquer comportamento diferente precisa ser investigado.
Como verificar a relação comercial?
O serviço prestado pelo motorista deve estar bem acordado com quem o contratou. Isso dá segurança jurídica às partes e gera responsabilidade caso qualquer imprevisto aconteça. O contrato deve esclarecer bem o tipo de serviço prestado e as condições gerais. Preste atenção se há identificação das partes (escola, motorista e pais) e se os telefones de contatos constam do texto. Devem estar no documento o horário e o endereço tanto de saída como de chegada dos alunos, assim como as rotas de cada condutor.
A parte financeira também exige um grau de atenção elevado. O valor pago pelo serviço mensalmente precisa estar bem indicado, assim como a multa e o índice aplicado para se chegar a tal valor. Para completar, o contrato deve indicar a data e a forma de pagamento. Dessa forma, não haverá questionamento.
Como as escolas têm as férias no meio do ano, o documento também deve indicar se o serviço é anual ou semestral. O período de vigência do transporte escolar precisa estar bem resolvido, para não gerar cobranças indevidas. Para fechar com chave de ouro, o contrato tem que definir o índice e a forma de reajuste caso haja renovação do serviço, além de esclarecer as condições para rescisão antecipada — esse item é importante para que os pais não fiquem reféns de um serviço que coloque seus filhos em perigo.
O que achou dos pontos que destacamos sobre a importância de estar atento ao transporte escolar do seu filho? Deixe aqui um comentário e compartilhe sua opinião conosco!