Na ânsia de proporcionar aos filhos todos os elementos necessários para seu futuro, muitos pais imaginam que quanto mais cedo a criança for estimulada, mais desenvolverá seu potencial. É bem verdade que o estímulo é fundamental, mas ele deve ser oferecido de acordo com o estágio de desenvolvimento da criança, viu? Pense bem: será que uma calculadora científica estimulará seu filho de 4 aninhos a seguir pelo mundo das engenharias? Há inclusive estudos afirmando não ser prejudicial às crianças frequentar o jardim de infância logo cedo, sabia? Do outro lado da balança, são muitos os pais que sentem até uma certa angústia ao mandar os filhos ainda pequenos para a escola. O que fazer então? Qual é a melhor idade para colocar os filhos na escola? Pois confira nosso post de hoje e descubra!
Os primeiros anos
Quando ainda bebês, até por volta dos 2 anos de idade, não há necessidade ou mesmo grandes vantagens em colocar as crianças em escolinhas, desde que elas sejam amparadas por uma estrutura familiar acolhedora e atenta a seu desenvolvimento. A necessidade de frequentar uma instituição educativa só aparece quando a criança entra na fase de socialização, o que pode ocorrer a partir dos 2 anos, variando de criança para criança. Nessa fase, o pequeno se sentirá mais curioso na presença dos coleguinhas, buscando a interação.
A provável melhor idade
Na verdade, as crianças e as famílias possuem desenvolvimentos únicos. Por isso, a idade ideal para enviar a criança para a escola varia. As instituições escolares do Ensino Fundamental, no entanto, pedem que as crianças se matriculem com 6 anos de idade, de modo que os indivíduos provavelmente concluirão o Ensino Médio quando tiverem cerca de 17 anos. Essa faixa etária proporciona algumas vantagens, como o fato de a criança não se sentir atrasada (ou adiantada) em relação às outras, tendo também uma margem de tempo caso tenha que repetir alguma disciplina no futuro. Com base nesse critério, a faixa considerada ideal para inserir os filhos na escolinha fica entre os 2 e 3 anos de idade.
A situação mais comum observada, no entanto, é dos pais verem a necessidade de trabalhar fora de casa, sentindo-se culpados pela decisão de enviar as crianças para a escola muito cedo. Mas, como veremos logo adiante, essa preocupação definitivamente não é necessária.
A culpa dos pais
Principalmente nos pais de primeira viagem, costuma surgir um forte sentimento de culpa quando o mundo profissional os convoca para trabalhar fora de casa, obrigando-os a deixarem as crianças aos cuidados da família, da babá ou da escolinha. E esse sentimento de culpa só aumenta quando as crianças manifestam qualquer tipo de mal-estar em relação ao ambiente escolar, por menor que seja. Mas é importante ter em mente que, em qualquer que seja a fase do crescimento, as crianças não se sentirão felizes na escola o tempo todo.
De toda forma, ficar atento aos sentimentos da criança e ao que a escola oferece é a melhor forma de garantir que a instituição escolhida se adaptará a seu crescimento. Assim, se você precisa voltar ao trabalho e não possui alguém de confiança para cuidar do seu filho na sua ausência, nada de se sentir culpado, porque ele ficará mesmo melhor na escola. Já se você tem a possibilidade de trabalhar em casa e ficar com as crianças até que cresçam mais um pouco, a situação pode ser melhor para ambos os lados. Nesse caso, insira seu filho no ambiente escolar quando sentir que vocês estão emocionalmente preparados para isso.
Se você opta que a criança receba aprendizado em casa nos primeiros anos de vida, cuide para que ela tenha uma rotina estimulante, com programas e brinquedos educativos, longe da longa exposição à TV ou à internet, com horas para soneca e tempo para brincar com outras crianças ao ar livre. Deixar seu filho em frente à TV durante todo o dia pode ser extremamente prejudicial a seu desenvolvimento. Nesse cenário, é mesmo melhor confiar os cuidados do seu filho a um ambiente escolar, não acha?
A escolha da instituição
Não se engane: por mais que sejam voltadas para as crianças, as escolas de educação infantil não promovem apenas brincadeiras! O que os pais devem procurar no currículo pedagógico dessas instituições é a existência de propostas claras para cada idade, se o espaço oferecido é coerente com as propostas apresentadas e se a instituição se responsabiliza pela formação dos professores. Observe atentamente a infraestrutura do local, verificando a disponibilidade de materiais, ambientes e até higiene. E uma característica comum de instituições de excelência é a constante busca pelo diálogo com os responsáveis pela criança, de forma a garantir reflexões periódicas sobre seu desenvolvimento. Assim, quanto mais a escola se atentar para a individualidade de seus alunos, melhores serão as chances de adaptação.
Vale lembrar que até os 3 anos de idade, o papel das escolas é assistencial, proporcionando cuidados básicos ao bebê — como a troca de fraldas, a alimentação, a devida higienização e assim por diante. Nessa fase, o afeto e a atenção são itens primordiais. Depois dessa faixa etária é que as crianças passam a ter aulas propriamente ditas. Seja em casa ou na escola, é durante as primeiras etapas de aprendizado que a criança deve participar de atividades coletivas para se socializar. Procure por programas que envolvam outras crianças, bom como algum contato com a natureza para que também aprenda sobre o ambiente em que vive. Especialmente entre 3 e 4 anos, a criança desenvolve mais autonomia, aprendendo a se expressar, dividir e ajudar o próximo.
Na prática, por mais que o jardim de infância seja essencial para o bom desempenho escolar no Ensino Fundamental, a decisão pela melhor idade para colocar os filhos na escola é extremamente subjetiva. Observe bem seu filho e reflita sobre o que ele realmente precisa. O importante é que tanto a família quanto a criança tenham suas necessidades preenchidas por uma instituição de excelência, que ofereça acompanhamento pedagógico e lições que possam ser levadas para toda a vida.
Já passou pelo momento de matricular seus filhos na escola ainda pequenos ou está inseguro com os dilemas dessa fase? Aproveite o espaço de comentários para nos contar suas experiências!