A importância do aprendizado de idiomas para o sucesso profissional é de conhecimento geral, da mesma forma que sabemos que quanto mais cedo uma segunda língua for aprendida, melhor será sua compreensão e inclusão na carreira desejada. Mas você já teve a curiosidade de descobrir qual idioma mais falado no mundo para, com base nisso, aprender uma segunda (ou a primeira) língua estrangeira?
Neste post, você verá qual o idioma número um entre os mais falados do planeta — alguns dos que estão no ranking vão surpreender você —, além daquele que é nativo em maior número de países.
Você ainda descobrirá que alguns deles só estão bem colocados em virtude da extensão territorialista do país onde tal língua é nativa, e não por ter mais falantes no mundo. Com essa informação, você verá que nem sempre ser o idioma mais falado no mundo é a língua mais indicada para o seu filho aprender primeiramente.
Se você estiver em dúvida em relação à quantidade de línguas que o seu filho pode aprender ao mesmo tempo e quais delas devem ser priorizadas, trazemos boas notícias. Vamos demonstrar a importância de aprender novos idiomas e explicar como é possível ter contato com diversas línguas sem se confundir nem atrapalhar o aprendizado do próprio português. Acompanhe o post e veja como o seu filho pode se tornar um poliglota!
Qual idioma é mais falado no mundo?
Segundo a mais recente edição do livro “The Ethnologue: Languages of the World” (em tradução livre: “O Etnólogo: Línguas do Mundo”), o número de línguas faladas no mundo é de 6.912. Abaixo, estão as 10 mais faladas, o respectivo número de falantes e em quais países estão presentes, de acordo com a publicação:
- mandarim — 1,2 bilhão ― China, Malásia e Taiwan;
- hindi ― 565 milhões ― norte e centro da Índia;
- inglês ― 545 milhões ― Estados Unidos, Reino Unido e partes da Oceania;
- espanhol ― 450 milhões ― Espanha e Américas;
- árabe ― 246 milhões ― Oriente Médio, Arábia e norte da África;
- português ― 218 milhões ― Brasil, Portugal e Angola;
- bengalês ― 171 milhões ― Bangladesh e nordeste da Índia;
- russo ― 145 milhões ― Rússia e Ásia Central;
- francês ― 130 milhões ― França, Canadá, além de oeste e centro da África;
- japonês ― 127 milhões ― Japão.
Dessa forma, segundo a lista, quem desejava saber qual idioma mais falado no mundo e acreditava ser inglês, se surpreendeu, não é mesmo? Isso porque o mandarim é o idioma mais falado no mundo.
Como mencionamos no início do post, a China o concentra a maior população mundial. Além do total de falantes nativos, é importante considerar o número de países em que um idioma é falado, assim como a quantidade de pessoas que o têm como segunda língua.
Também é preciso levar em conta que, por mais que línguas como hindi e bengalês estejam na lista em posições acima do francês e do alemão, isso não significa, necessariamente, ser mais vantajoso aprender as primeiras do que as demais. Aliás, o site do Ethnologue indica, por exemplo, que enquanto o hindi é falado em apenas quatro países, veja o ranking dos outros:
- russo é falado em 17;
- alemão, em 26;
- espanhol, em 31;
- chinês, em 35;
- francês, em 53;
- árabe, em 58;
- inglês, em 106 — sendo o recordista entre todas as línguas!
Então, se formos pensar no quesito número de países que falam determinada língua, fica evidente que o inglês pode ser considerado o idioma mais falado no mundo. Dessa forma, quem fala inglês e mais alguns desses idiomas verá que muito mais portas se abrirão mundo afora do que quem aprende línguas de uso mais restrito.
Como escolher uma língua estrangeira?
Você conferiu qual é a língua mais falada do mundo e, com base nisso, poderá identificar quais idiomas podem ser mais importantes para proporcionar mais oportunidades de crescimento pessoal e profissional ao seu filho no futuro.
É interessante, ainda, refletir sobre outras questões que podem influenciar sua decisão no que se refere aos idiomas estrangeiros que as crianças ou os adolescentes vão aprender, tais como:
- realização de sonhos no futuro;
- determinados interesses;
- entendimento de certos jogos;
- familiaridade cultural;
- gostos pessoais etc.
Todos esses podem ser critérios importantes no momento de decidir que língua estudar como primeiro idioma estrangeiro, segundo, e até para fazer uma lista apontando a ordem de aprendizado para se tornar um poliglota.
Assim, se há ascendência estrangeira na família, se o seu filho sonha em ter uma profissão especialmente ligada a algum país, se você pretende se mudar para o exterior, ou mesmo se a criança demonstra alguma afinidade por certa cultura, pode ser extremamente produtivo deixá-la seguir essas tendências na hora de aprender uma nova língua.
Nesse sentido, é importante lembrar que, quanto mais a criança conseguir aplicar o idioma estudado (seja lendo livros na língua, seja conversando com parentes ou viajando ao país em que é falada, por exemplo), mais eficiente será o aprendizado. Por isso, os elementos acima não devem ser desconsiderados pelos pais, ainda que impliquem na escolha por um idioma de menor prestígio ou com número reduzido de falantes.
A introdução ao bilinguismo
Decidido o idioma estrangeiro mais interessante para o pequeno, agora, é preciso conhecer os melhores métodos para ensiná-lo. Nesse momento, cabe ressaltar que a prática oral da língua estrangeira, normalmente, não gera nenhuma interferência negativa no aprendizado e no desenvolvimento da criança.
Embora precise de alguns cuidados na fase da alfabetização — em que é essencial contar com o auxílio profissional para ajudar o seu filho a distinguir entre os dois sistemas —, o bilinguismo só traz benefícios as crianças.
No caso de pais que falam idiomas diferentes, é interessante manter uma constância. Assim, se um dos pais fala com o filho em inglês, por exemplo, só deve se comunicar com ele nessa língua, a fim de incentivar o pequeno a discernir entre o idioma do papai e a língua da mamãe. Essa atitude evita que ele se perca na tradução.
Entretanto, independentemente de os pais poderem educar a criança em dois idiomas, é recomendável que o aprendizado também aconteça na escola, com o apoio de profissionais formados para lidar com os desafios da educação bilíngue.
A passagem para a educação multilinguística
Para que a criança aprenda dois idiomas de maneira bem natural, aproveitando ao máximo a sua capacidade de absorção — que, até certa idade, é consideravelmente aumentada —, o ideal é começar o quanto antes.
Mesmo assim, jovens que entram em contato com outra língua já na pré-adolescência conseguem acompanhar os seus colegas (que começaram a aprender o idioma mais cedo) sem dificuldades. Quanto mais forem aprendendo, mais facilidade terão para adquirir novos idiomas.
Mesmo assim, o indicado é não sobrecarregar seu filho com vários idiomas estrangeiros. Deixe que ele se consolide em cada um gradualmente, antes de introduzir uma nova língua. Dessa maneira, ele ganha confiança em sua própria capacidade e tem mais chances de se lembrar de um idioma enquanto aprende outro.
Dessa forma, a educação multilinguística pode acontecer ao lado do desenvolvimento natural da criança, transformando-a em poliglota sem que ela sinta que está se esforçando para tanto. Com o português entre os idiomas mais falados do mundo (sexto da lista, lembra-se?), é certo que o seu filho iniciará bem o seu caminho no mundo globalizado. Contudo, quanto mais abertura e habilidade ele tiver para adquirir novas línguas — e com elas, novas ideias, tradições e culturas —, mais sucesso terá no futuro.
Por que é importante saber mais de um idioma?
Enquanto a geração dos pais passou pelo processo de globalização, viveu sem internet e aprendeu a usar o telefone celular apenas para falar e enviar mensagens, os seus filhos nasceram em um momento no qual a tecnologia extinguiu as fronteiras do mundo.
Pensando nisso, aprender mais de um idioma se torna cada vez mais necessário para que ele tenha melhores oportunidades pessoais e profissionais. Veja algumas das vantagens de ser fluente em mais de um idioma.
Ampliar a bagagem cultural
Quando alguém começa o processo de aprendizado de outro idioma, naturalmente, envolve-se com a cultura e com os hábitos dos falantes daquela língua. Para que uma pessoa se torne fluente, ela precisa compreender o que a cerca, como o vocabulário, as expressões e por que certa cultura utiliza determinadas palavras.
Esse contato com a cultura inerente ao idioma estudado está nas ferramentas que o aluno utilizar:
- jogos;
- textos;
- vídeos;
- músicas;
- atividades online, entre muitas outras.
Ganhar independência
Falar outros idiomas também é sinal de independência. Imagine como será viajar para a China sem um intérprete, um país de proporções continentais, com um idioma tão distinto. A menos que você esteja em um local onde, seguramente, alguém fale com você em uma língua em comum, dificilmente você conseguiria sobreviver sem dificuldades.
Mas se imaginarmos uma realidade bem mais próxima da nossa, só o fato de falar línguas corriqueiras, mas fundamentais, como o inglês e o espanhol, nos dá ampla liberdade de ação. Em tese, podemos viajar para boa parte do mundo ocidental.
Poder estudar e trabalhar no exterior
Quem decide ter uma experiência internacional, seja estudando, seja trabalhando, precisa dominar outros idiomas. Além do inglês, que é obrigatório para muitas empresas e instituições de ensino, em certos países, dominar o idioma local é indispensável para qualquer seleção.
Na Alemanha, por exemplo, muitos programas de mestrado e doutorado exigem que o aluno ingresse com bom domínio de alemão. Do contrário, está descartado. O mesmo vale para países como a França, que tem uma cultura bastante nacionalista. Há muitos relatos de viajantes que não são muito bem recebidos quando tentam se comunicar em outro idioma, que não o francês (ainda que sejam compreendidos).
Ser um profissional requisitado
Em qualquer área, um profissional que domine vários idiomas é muito requisitado. Isso porque grandes companhias tendem a realizar negócios com diversos países e precisam de pessoas capacitadas para se comunicar com parceiros e clientes. Com isso, consequentemente, será possível conquistar cargos mais altos e melhores salários.
Como é possível aprender mais de um idioma?
Existem vários fatores que levam uma pessoa a aprender mais facilmente outros idiomas. Além da predisposição individual para o conhecimento de língua estrangeira, também vale ressaltar que a motivação é muito importante.
No caso de crianças, não se pode esquecer que tornar o ensino algo divertido aumenta muito as chances de aprendizado. Assim como o seu filho sabe distinguir História de Geografia, o mesmo acontece com outros idiomas.
Certamente, ele não confundirá com o português. Basta nos lembrarmos de países como a Suíça, que tem quatro idiomas oficiais (alemão, italiano, francês e romanche), ou Canadá, com dois idiomas (francês e inglês).
Para ficar mais claro, no caso de crianças, o aprendizado fica ainda mais eficiente se:
- a língua estrangeira for ensinada de forma contextualizada, preferencialmente, com a realidade da faixa etária;
- o aluno tiver contato com diferentes ferramentas para aprender (jogos, filmes, brincadeiras etc.);
- houver estímulo para se comunicar e com quem praticar, de maneira a tornar vivo aquele conhecimento;
- o aprendizado vier de maneira orgânica e prazerosa, com muita diversão.
Como estimular o aprendizado de um novo idioma de foma mais rápida?
Além de ser conseguir aprender alguns idiomas, é possível estimular o aprendizado de uma nova língua de forma mais rápida. Para isso, é fundamental praticar o idioma de duas formas:
- precisam estar inseridas no cotidiano da criança, ou seja, a comunicação no idioma deve se tornar natural;
- praticar atividades lúdicas. Ao aprender brincando, a criança começa a gostar do idioma. Com isso, a emoção positiva ajuda na fixação da informação na memória de longo prazo.
Conheça as atividades mais indicadas para aprender qualquer língua, seja o idioma mais falado do mundo, seja qualquer outro pelo qual a criança se interessar. Começamos pelas músicas e desenhos por um motivo: até os quatro anos de idade, a criança não se incomoda em assistir um desenho ou ouvir uma música em um idioma que ela não conhece, pois, nessa fase, ela ainda não desenvolveu resistência a novas palavras. Vamos às atividades!
Músicas
A música é a atividade mais acessível para crianças que estão começando a aprender uma nova língua. Isso porque, geralmente, elas ainda não conhecem suficientemente o idioma para conseguir acompanhar um programa de televisão ou longas histórias contadas, por exemplo.
Além disso, toda criança gosta de músicas, e, quanto mais jovens, mais apreciam coisas repetitivas. Assim, essa é uma excelente maneira de adquirir vocabulário e desenvolver a compreensão auditiva.
Comece pelas canções curtinhas, que repetem bastante um conjunto de palavras. Um bom exemplo é a música “Old Macdonald had a farm” (O velho Macdonald tinha uma fazenda), em que a letra apresenta cada um dos bichinhos típicos do ambiente rural. Há músicas que representam:
- membros da família;
- animais domésticos;
- partes do corpo;
- preposições;
- alfabeto;
- cores etc.
Desenhos
Os desenhos animados são uma diversão cheia de cor, sons e movimentos, que representam um mundo para elas. Portanto, os desenhos serão os aliados dos pais para estimular o aprendizado de um novo idioma ainda na infância.
Já os desenhos estrangeiros focados no alfabeto costumam usar recursos como cores, sons e analogias que favorecem ainda mais o aprendizado, como em “Dora, a aventureira”.
Rotina
Esta dica é excelente para todas as crianças, mas é fundamental para aquelas com dificuldades para aprender uma nova língua. Isso porque ela ajuda a colocar a teoria na prática. Para inserir o novo idioma na rotina, aproveite as atividades cotidianas, como o momento das refeições, a hora de se vestir, enquanto ela observa os pais preparando uma refeição.
Nessas horas, você pode falar os nomes dos objetos, acessórios e ingredientes na língua que ele estiver aprendendo. Além disso, você pode pedir que a criança ajude a fazer a lista do supermercado. Por exemplo: se a língua for o inglês, vocês falam batatas, traduzem para potatoes e você escreve potatoes, enquanto ela observa.
Jogos
Todas as crianças gostam de jogos, por isso, use esse fato a favor do aprendizado de idiomas. Os jogos de memória, por exemplo, permitem à criança que ela aprenda várias coisas do cotidiano e enriqueça seu vocabulário.
Se seu filho pequeno estiver em uma escola de idiomas, por exemplo, é certeza que a mesma enviará como atividade de casa alguns tipos de jogos. Uma dica é reunir a família e todos participarem dessa brincadeira. Os jogos propiciam vários elementos para aprender se divertindo. Assim, fica mais fácil compreender e gostar da nova língua.
Videogames
Os videogames também são uma excelente ferramenta de aprendizado e um novo idioma. Eles são indicados para as crianças que já aprenderam a ler na nova língua.
Vale a pena incentivá-las a jogar novamente os games que elas já jogaram em português. Para isso, basta alterar o idioma e incluir a legenda, também no idioma a ser aprendido — a criança escutará e lerá ao mesmo tempo.
Como ela já sabe jogar, será mais fácil entender as palavras que aparecem durante as fases do jogo. Mesmo se você tiver videogame em casa, vale a pena procurar aplicativos de games próprios para diferentes idades. Com isso, boa parte do tempo que seu filho passa com os smartphones pode ser usada no exercício do idioma.
Conversas
Incentivar as conversas no novo idioma é ótimo para as crianças mais velhas que já têm certo domínio da língua. Isso porque os diálogos facilitam bastante o aprendizado, além de auxiliar na perda da timidez de conversar em um outro idioma.
Além disso, quando a criança ouve a si mesma falando determinadas palavras e frases, essas se fixam melhor em sua memória. A dica é fazer perguntas e responder às que seu filho fizer, sempre na língua estrangeira. Incentive, ainda, as conversas entre os amigos que estão na mesma fase de aprendizagem.
Agora que você sabe qual o idioma mais falado no mundo, como esse ranking pode influenciar a formação do seu filho e as várias maneiras de incentivar o seu aprendizado, é importante que você estabeleça critérios para determinar o ideal para o ensino em cada fase da vida dele. Assim, faça perguntas como: o que você gostaria para o futuro dele? Quais são as pretensões da família, que a criança aprenda pelo menos duas línguas ou que ele seja um poliglota?
Observe todas as possibilidades (que são muitas), reflita e faça suas escolhas, lembrando que o desejo da criança ou do adolescente deve ser levado em conta. Para a pergunta inicial (meu filho pode aprender todos os idiomas mais falados no mundo?), a resposta é: depende da dedicação, da facilidade individual e de organizar uma rotina de estudos.
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