O que é e como funciona o biletramento e quais são os benefícios do modelo escolar bilíngue para seu filho?

O que é e como funciona o biletramento e quais são os benefícios do modelo escolar bilíngue para seu filho?

6 minutos para ler

A cada dia, faz-se mais evidente a importância da escrita e da leitura. E não apenas em português, viu? A despeito da área em que se trabalha, conseguir entender textos em diferentes níveis de complexidade e de fontes variadas (na nossa língua e em idiomas estrangeiros), assim como produzir e-mails, relatórios, peças publicitárias ou propostas de negócios bem escritas, são habilidades cada vez mais valorizadas e exigidas pelo mercado.

E por mais que essas competências também possam ser desenvolvidas na idade adulta, é na educação primária que elas são adquiridas com mais facilidade, consolidando-se nos anos seguintes da formação de crianças e adolescentes. Trata-se do letramento, um conceito que vai além da tradicional ideia de alfabetização e ainda pode ser aplicado em mais de um idioma – o   biletramento.

Achou interessante? Então continue lendo para saber mais sobre o assunto e entender, sob essa perspectiva, os benefícios que uma escola bilíngue pode trazer para a educação do seu filho. Vamos lá?

Alfabetização e letramento: entenda a diferença

Antes de qualquer coisa, é importante conhecermos mais de perto o conceito de letramento, de onde ele surgiu e por que tem sido cada vez mais valorizado na educação no Brasil e no mundo. Acompanhe:

De literacy a letramento

A palavra letramento, em português, vem do termo em inglês literacy, que pode ser traduzido como alfabetização para a nossa língua. Mas então por que, em português, existem duas palavras para um único termo da língua inglesa?

A questão é que, a partir dos anos 80, a palavra literacy (e seu equivalente em outros idiomas) começou a ganhar um sentido diferente nos países mais ricos e desenvolvidos. Neles, a mera alfabetização mecânica, no sentido de simplesmente dominar o código escrito da língua, sem necessariamente conseguir aplicá-lo de maneira adequada na realidade, deixou de ser o foco das escolas e instituições de ensino.

No lugar disso, os sistemas de educação desses países, com base em uma demanda externa por profissionais cada vez mais qualificados, começaram a se concentrar em ultrapassar o que tradicionalmente era entendido como literacy. A partir daí, crianças e adolescentes aprenderam a lidar com a leitura e a escrita de maneira mais ativa, focando em seu uso nas práticas sociais.

Quando, anos depois, essa demanda finalmente chegou ao Brasil, criou-se a partir do inglês um novo termo para defini-la: o letramento. E esse mesmo termo em Portugal é chamado de literacia.

Do letramento à alfabetização

Então o letramento diz respeito ao envolvimento no universo da leitura e da escrita, certo? Por isso, não é incomum que, no caso de crianças que entram em contato com esse mundo antes mesmo de irem à escola pela primeira vez, tal habilidade já tenha começado a ser adquirida, antes da alfabetização. Assim, mesmo que não saibam ler e escrever, muitas crianças já começam seu processo de letramento ao ouvirem histórias, interpretarem leituras em voz alta feitas pelos pais ou mesmo ao pedirem a um adulto que escreva algo para elas.

Depois da alfabetização, o letramento continua à medida que os jovens aprendem a interpretar, contextualizar e aplicar aquilo que leem em diferentes disciplinas na escola, além de expressar suas ideias e seus argumentos de maneira coerente por escrito, por exemplo.

Muito além do simples fato de saber ler e escrever, portanto, o indivíduo letrado se apropria dessas competências para efetivamente se comunicar com o mundo, adquirir novos conhecimentos, defender suas opiniões e, basicamente, formar-se como um cidadão participativo.

Um passo adiante: o biletramento infantil

Não é difícil concluir que, se alguém pode aprender a ler, escrever em um idioma e ainda fazer uso dessas habilidades em seu dia a dia para crescer e se comunicar, esse aprendizado também pode acontecer em uma segunda língua. Desse modo, a pessoa conseguirá fazer uso pleno (e não apenas instrumental) dos dois idiomas.

Isso quer dizer que a criança alfabetizada (e, sobretudo, letrada) em um ambiente bilíngue aprenderá não só a entender e produzir textos nos dois idiomas do letramento, como conseguirá usá-los em contextos variados com competência e facilidade, transformando essas línguas não apenas em ferramentas, mas tendo-as como recursos por meio dos quais ela pode se expressar.

Optar pela escola bilíngue: investimento no futuro

O biletramento é a melhor escolha no  mundo de hoje para qualquer criança, pois significa que,ao ter aulas em dois idiomas (e não apenas de dois idiomas, como nas escolas de idiomas que ensinam línguas estrangeiras aos alunos), o estudante conseguirá adquirir naturalmente a habilidade de aplicar com muita competência a leitura e a escrita nas duas línguas, e não apenas no português. Além disso, o letramento bilíngue conta com uma série de outros benefícios para a criança, como:   

Concentração e habilidades linguísticas melhoradas

Ao precisar lidar desde cedo com dois idiomas, crianças bilíngues aprendem a prestar mais atenção às diferenças entre as línguas, conseguindo se concentrar mais facilmente que os colegas e percebendo precocemente as estruturas de funcionamento do português e do segundo idioma. E esse conhecimento facilita o aprendizado de regras gramaticais e o entendimento de diversos outros conceitos relacionados à linguagem.

Adaptabilidade e flexibilidade para lidar com situações

Por utilizarem  consecutiva e simultaneamente duas línguas com frequência no dia a dia, os alunos bilíngues têm mais facilidade para se adaptar a situações inesperadas, assim como para lidar com culturas diferentes das suas e aceitar novidades, por exemplo.

Menos chances de desenvolver Alzheimer no futuro

O fato de que aprender coisas novas ajuda a prevenir doenças como o Alzheimer já é bem conhecido. Mas isso não acontece apenas ao final da idade adulta, sabia? O conhecimento de outros idiomas, principalmente quando estimulado desde a infância, também é essencial para formar novas ligações neuronais e, assim, reduzir drasticamente as chances de contrair doenças neurológicas e degenerativas. 

Mais facilidade para aprender novos idiomas

Por fim, é bom saber, que o bilinguismo também contribui para que a criança tenha muito mais facilidade em adquirir outras línguas estrangeiras. Assim, se um estudante aprende inglês e português desde cedo, por exemplo, não terá problemas em aprender também francês, alemão, espanhol ou mandarim até o final do Ensino Médio.

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