Já ouviu falar sobre mindful eating? Essa prática, que vem ganhando força nos últimos anos, tanto entre profissionais da saúde quanto na mídia, preza por um maior cuidado com aquilo que consumimos, a forma que comemos e, em especial, com o desenvolvimento de novos hábitos alimentares — todos eles sem neuras, cobranças ou julgamentos.
Afinal de contas, a alimentação deve ser uma atividade prazerosa, rica em experiências, e que contribui para o nosso bem-estar físico e mental, jamais o oposto. Pensando nisso, trouxemos um post para mostrar como colocá-la em prática e como ela pode ser positiva na infância. Acompanhe com atenção!
Quais os benefícios do mindful eating para as crianças?
O mindful eating contribui para que as crianças não cresçam com restrições alimentares. Ao contrário, o paladar delas é estimulado constantemente, fazendo com que elas se habituem à experiência de provar novos alimentos e se surpreendam com a possibilidade infinita de sabores que existem no mundo.
As crianças também aprendem sobre serem mais conscientes com a comida que consomem, evitando excessos, desperdícios e limitações desnecessárias para a idade delas. Outro benefício marcante é que você pode ensiná-las a valorizar o que a natureza nos dá, repassando ideais importantes sobre sustentabilidade.
A partir daí, com uma dieta mais diversa e sem regras absurdas, as crianças alcançam um maior desenvolvimento físico e intelectual, além, é claro, de fortalecerem seu sistema imunológico e terem mais energia para as atividades físicas e escolares.
Como estimular as crianças a praticarem o mindful eating?
Esclarecido o que representa e, inclusive, quais são os benefícios do mindful eating para a criançada, vamos mostrar agora algumas dicas bem simples e interessantes de como tornar essa prática algo corriqueiro na rotina dos mais novos. Confira quais são elas!
Evitar distrações durante as refeições
A primeira delas é evitar distrações durante as refeições, o que inclui celulares, televisões, computadores, livros, videogames portáteis etc. Isso porque tudo tem a sua hora e o seu lugar. Uma vez à mesa, as crianças devem focar, de fato, na refeição e em sua companhia durante as refeições.
Dessa forma, não há riscos de a garotada comer muito pouco ou exageradamente por estarem com a atenção focada em outras atividades. Além disso, elas têm a oportunidade de compartilhar um momento rico de interação e convívio com a família, com os amigos ou com os colegas de escola, por exemplo.
Portanto, ao se aproximar da hora do café da manhã, do almoço ou do jantar, o ideal é que elas já comecem a se preparar para comer, pausando o que estão fazendo no momento para retomarem somente depois de se alimentarem.
Mastigar sempre sem pressa
A mastigação é outro ponto que merece atenção no mindful eating. Afinal, muitas vezes aprendemos desde pequenos a comer o mais rápido possível para otimizar o tempo e partirmos para outros afazeres. Porém, esse não é um costume saudável, especialmente para as crianças.
O ideal é que elas mastiguem aos poucos para descobrirem e se familiarizarem com as texturas, os sabores e os formatos dos alimentos, pois isso contribui para apurarem o seu paladar.
Vale mencionar também que mastigar sem pressa é importante para evitar acidentes, como situações de engasgo, queimaduras na área interna da boca ou mesmo danos nos dentes — sejam eles dentes de leite, ou permanentes.
Observar as emoções na hora de comer
Uma terceira dica é estimular as crianças a observarem suas emoções na hora de comer, algo que pode revelar como anda seu bem-estar e até mesmo se há indícios de algum distúrbio alimentar. Isso porque o estado emocional das pessoas, independentemente da idade, influencia em seu apetite.
Muitos indivíduos, por exemplo, descontam a frustração e a irritação comendo grandes quantidades de doces. Já outros, quando estão ansiosos ou estressados, acabam fazendo diversas refeições seguidas, como forma de aliviar a tensão e diminuir as preocupações.
Há ainda aqueles que, quando se sentem para baixo ou com a autoestima afetada, não consomem nada, entrando em períodos prolongados de jejum. Logo, é fundamental que garotos e garotas aprendam a identificar quando as emoções estão afetando a relação deles com a alimentação e busquem expressar ou conversar sobre o que estão sentindo/vivenciando, para que isso não se torne um problema mais à frente.
Deixar de lado a preocupação com nutrientes e calorias
Além do que já foi falado, é muito importante que a preocupação com nutrientes e calorias não seja algo comum na rotina das crianças. Esse tipo de aflição — que está muito relacionada à imposição de padrões de beleza — faz com que elas percam o prazer de comer e pode, com o tempo, tornar a alimentação uma espécie de fardo para os pequenos.
Basta imaginar que, preocupadas se vão ou não engordar e se diferenciar dos amiguinhos, elas passam a rejeitar a própria imagem e a deixar de fazer as refeições, o que vai afetar não só seu desenvolvimento físico e mental, mas também seu desempenho escolar.
Experimentar coisas novas regularmente
Por fim, é interessante que, ao seguir o mindful eating, você instigue o paladar infantil, para que as crianças estejam abertas a provarem novos alimentos. Porém, isso não significa pesar a mão em saladas ou em pratos exóticos que não são visualmente muito atrativos para o imaginário dos mais novos.
O ideal é fazer o oposto, trazendo semanalmente alimentos diferentes, com ingredientes de pratos que eles já consomem. Isso não só torna o processo de adaptação do paladar mais rápido e menos descomplicado, como o principal: os estimula a consumir frutas, legumes e verduras já desde a infância.
E então, gostou de saber mais sobre mindful eating e os benefícios que ela pode proporcionar para o desenvolvimento e o crescimento dos pequenos? Pois tome nota das nossas dicas e comece a introduzir na sua rotina com as crianças. Você verá como não vai demorar para que elas tenham uma relação mais saudável e equilibrada com a própria alimentação.
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