Estimular a empatia nas crianças é um grande fator para melhorar a sua inteligência emocional digital. Embora a gente entenda que as conversas em ambientes virtuais sejam mais fáceis do que a interação física, a empatia on-line tende a ser mais desafiadora, pois não vemos imediatamente a linguagem corporal e as expressões faciais da outra pessoa.
Com as crianças se comunicando cada vez mais pelo meios on-line, interagindo e construindo relacionamentos no meio virtual, elas precisam desenvolver as habilidades de compreensão e expressão de suas emoções no espaço digital.
Da mesma forma, seus tutores, professores e mentores devem saber como desenvolver a empatia usando tecnologia na sala de aula. Isso inclui ensinar as crianças a serem gratas, demonstrar bondade e compaixão, e distinguir emoções positivas e negativas. Continue a leitura e entenda melhor sobre como aprimorar a inteligência emocional digital.
O que é inteligência emocional digital?
A inteligência emocional na era digital é a capacidade de monitorar nossas próprias emoções e as de outras pessoas, distingui-las, rotulá-las apropriadamente, e usar essas informações para guiar nosso pensamento e comportamento on-line.
O controle dos impulsos interfere na forma como gerenciamos situações conflitantes, como navegamos nas complexidades sociais, como tomamos decisões pessoais que alcançam resultados positivos, e também como nos relacionamos com os outros.
A inteligência emocional pode ser alterada e aprimorada em qualquer fase da vida.
Por que ela é importante no desenvolvimento do aluno?
Os alunos com níveis mais elevados de inteligência emocional são capazes de controlar melhor suas emoções e ter empatia com as pessoas ao seu redor. Isso ajuda a desenvolver automotivação aprimorada, habilidades essenciais de comunicação mais eficazes e autoconfiança.
Por outro lado, alunos com falta de inteligência emocional podem se tornar menos receptivos e engajados na escola, o que pode acabar afetando negativamente o seu desempenho.
A inteligência emocional se divide em cinco áreas principais: controle emocional, automotivação, autoconsciência, empatia e habilidades de relacionamento. Habilidades como essas, desenvolvidas em nossos anos de formação na escola, geralmente fornecem a base para hábitos posteriores na vida.
Independentemente das discussões sobre o tema mundo afora, destacamos a seguir algumas das principais medidas que pais e as escolas precisam adotar junto às crianças.
Escutar efetivamente
A habilidade de ouvir ativamente é uma parte fundamental para ajudar a criar uma comunicação bidirecional genuína — e é muito mais do que apenas prestar atenção.
Mesmo em tempos de inovação no ensino, ouvir o outro ainda envolve um diálogo com respostas que usam a própria linguagem corporal, sendo então capaz de demonstrar compreensão e resumir verbalmente as mensagens-chave que foram recebidas. Na sala de aula, isso afeta drasticamente a forma como os alunos recebem o feedback dos professores.
Falar sobre sentimentos
As habilidades interpessoais podem ser aprimoradas, ajudando as crianças a aumentarem o seu vocabulário emocional. Incentivar os alunos a compreenderem a diferença entre “triste”, “decepcionado” e “chateado” funciona como um trampolim para desenvolver técnicas adequadas para cada um.
Em suma, cada palavra de emoção que se aprende é uma nova ferramenta para desenvolver a inteligência socioemocional na idade adulta.
Desenvolver automotivação
Quando existe uma baixa automotivação, há o risco de a criança não perceber como se parece com seus colegas, permitindo que uma autoimagem superestimada distorça seu comportamento e interações sociais. Para ajudar os alunos a melhorarem nesse ponto, é recomendável o ensino de estratégias metacognitivas.
Em sala de aula física ou virtual, uma maneira de fazer isso é incentivando-os a fazerem perguntas autorreflexivas, como “O que eu poderia ter feito de diferente?”, ou usando um questionário de autoavaliação de comunicação, para auxiliar os estudantes a entenderem suas habilidades interpessoais.
Estimular a empatia
Empatia é a capacidade de assumir a perspectiva de outra pessoa sem condenar, reconhecendo seus sentimentos e transmitindo sua perspectiva de volta a ela.
Refletir sobre a perspectiva da outra pessoa ajuda a fazê-la se sentir compreendida, o que, por sua vez, aumenta a probabilidade de colaboração e apoio. As crianças geralmente desenvolvem empatia observando como os outros a demonstram — incluindo ver pais, professores e colegas tendo empatia uns com os outros.
Usar frases como “Eu entendo / Eu percebo” é fundamental para mostrar como a compreensão de outra perspectiva pode ser expressa.
Gerenciar emoções
Ajudar os alunos a gerenciarem suas emoções — administrarem pensamentos e sentimentos — é uma das maneiras mais eficientes de apoiá-los, ainda mais com o isolamento que o avanço tecnológico tem causado no decorrer dos anos.
Isso ocorre especialmente com adolescentes no ensino médio, quando há o impasse entre o controle dos impulsos e a busca por sensações, sendo mais frequente nos primeiros anos da adolescência, sobretudo com o fácil acesso a informações na internet.
Como são as técnicas para gerenciar emoções? Encarar os acontecimentos como uma oportunidade, em vez de uma ameaça, e refletir sobre determinas situações são bons exemplos. As habilidades de gerenciamento emocional não são fixas e podem ser desenvolvidas.
Isso exige uma quantidade considerável de esforço e paciência, tanto do aluno quanto do professor ou dos pais, pois geralmente é um processo gradual durante um longo período.
Como desenvolver a inteligência emocional digital?
Diante da possibilidade diária de se dispersar das obrigações para se conectar a aplicativos e redes sociais, como manter a produtividade e a saúde emocional na era digital? Veja a seguir algumas dicas importantes.
Tendo disciplina e concentração
A tecnologia e os avanços digitais não devem interferir na capacidade de focar em projetos, estudos, família e em outras ações que exigem maior atenção. Mas, se usadas com moderação, essas ferramentas contribuem em pesquisas e no desenvolvimento de tarefas.
Cultivando relações reais
Além de contatos virtuais, reforçar vínculos e laços com as pessoas próximas e estabelecer um relacionamento com contato físico e humano é essencial para uma vida mais feliz.
Cuidando da saúde
O hábito de ver pessoas, passear, se exercitar e admirar a natureza é fundamental para a saúde do corpo e da mente. A era digital não pode se transformar em uma geração de pessoas sedentárias e despreocupadas com a saúde.
Escolhendo os grupos certos para seguir
Com vários sites, páginas, grupos e comunidades na internet, é importante optar por canais que agreguem valor ao usuário, evitando a perda de tempo com informações desnecessárias. Estimular crianças e jovens a seguirem conteúdos educacionais pertinentes e confiáveis é um grande apoio no processo de aprendizagem.
Conservando a privacidade
É necessário colocar o limite necessário para que a vida não seja uma “vitrine” exposta, sobretudo para jovens com menos de 18 anos. Definir as pessoas certas para dividir informações e registros pessoais com segurança é primordial.
Com as dicas informadas neste conteúdo, será possível estimular o desenvolvimento de competências socioemocionais digitais em nossas crianças, para que sejam adultos mais seguros de suas escolhas e emocionalmente aptos a conviverem em sociedade e no ambiente virtual.
Gostou do artigo? Então, aproveite que está aqui no blog e conheça quais são as vantagens da inteligência artificial na educação!