Estimular o seu filho a fazer amizades é essencial para ajudá-lo a melhorar sua comunicação, a ter empatia, a resolver problemas e a usar a criatividade. Os amigos proporcionam a convivência com os outros e a interação com o mundo.
Embora algumas crianças sejam naturalmente sociáveis, a timidez pode ser uma barreira para outras no desenvolvimento de amizades. Não há necessidade de que seu filho seja popular, mas ajudá-lo a se sentir mais confiante socialmente é absolutamente possível.
Apenas ensine ao pequeno as habilidades que o auxiliarão a se tornar mais confiante e confortável para fazer amigos. Continue a leitura abaixo e saiba mais!
A importância da amizade para as crianças
Algumas crianças são naturalmente sociáveis e fazem amigos com facilidade porque adquiriram intuitivamente habilidades sociais ao observar os pais ou seus colegas. Mas, para outros, não é tão simples assim.
Há muitas crianças que precisam de algum apoio adicional dos pais nessa área. Isso é importante porque as amizades de infância não são apenas um luxo — são uma parte vital do desenvolvimento social e emocional do ser humano.
Ao interagir com os amigos, as crianças aprendem a se comunicar, a cooperar e a resolver problemas. Elas desenvolvem o controle de suas emoções e respondem aos sentimentos dos outros. Fazer amizades afeta até o desempenho escolar, pois as crianças tendem a ter melhores atitudes em relação à escola e ao aprendizado.
7 dicas sobre como estimular a criança a fazer amizades
Para auxiliar no processo de socialização do seu filho, é fundamental observar suas atitudes e sua vida social. A seguir, listamos algumas dicas essenciais que o ajudarão a fazer amigos.
1. Ofereça diferentes oportunidades para seu filho brincar e socializar
Participe de algumas atividades físicas na escola (ou brincadeiras depois da aula) e preste muita atenção em como seu filho interage com os outros. Ele se comporta de maneira diferente de sua “norma” em casa? Se sim, por quê?
Seu filho pode ter dificuldade para iniciar conversas. As crianças podem sentir ansiedade em grupos grandes ou medo de falar em público, o que as impede de se relacionar significativamente com as outras.
O pequeno prefere guardar para si mesmo e observar, em vez de participar? Dependendo de qual comportamento você vê, é possível decidir em que concentrar sua atenção, quais habilidades precisam ser desenvolvidas e como você pode contribuir.
2. Conte histórias sobre amizade para o seu filho
Se perceber que está difícil iniciar uma conversa com a criança na hora do almoço, ou durante o tempo livre na escola, tenha iniciativa, sente-se e dialogue com ela. Analise por quais assuntos ela se interessa, para que possa falar posteriormente com outras crianças.
Conte experiências pessoais sobre amizades ou desenvolva o hábito da leitura com um bom livro. Ao testar diferentes opções, vai encontrar algum tema que venha naturalmente.
3. Converse com a criança sobre sentimentos
Faça com que seja empolgante e gratificante tentar coisas novas. Seja quando seu filho estiver tendo um progresso lento, seja quando estiver aborrecido com alguma situação, certifique-se de procurar saber como ele está se sentindo.
Quando as crianças ficam chateadas, vale a pena dedicar um tempo para entender seus sentimentos e ensiná-los ativamente como lidar com esses percalços de maneira saudável e construtiva.
4. Conheça a personalidade do seu filho
Seja realista sobre a personalidade e o temperamento únicos de seu filho, que orientam a quantidade de interação social que ele procura. Não é porque você tem dezenas de amigos, que o seu filho também terá. Isso não significa, necessariamente, que haja um problema. Muitas crianças introvertidas fazem alguns amigos realmente bons, em vez de ter muitas amizades mais casuais. Dito isso, lembre-se de que não é nenhum problema seu filho não ter inúmeros amigos. Há crianças introvertidas que fazem amizades tão ricas na infância, que as mantêm para toda a vida, e isso não é incomum.
5. Converse com os professores
Fale com os professores e sugira pares de alunos para fazer algumas tarefas e projetos juntos. Seu filho não se perderá no processo caótico de escolher parceiros e não se sentirá excluído e desconectado.
Além disso, trabalhar com um colega incentivará fortemente seu filho a praticar suas habilidades sociais. Os professores também podem ajudar as crianças a fazerem amizade, dando pausas da rotina da sala de aula para ir ao playground, quadra esportiva ou assistir a um filme infantil, sempre que possível.
Eles são especialistas em encontrar maneiras de fazer isso de maneira sutil, que não atraia atenção negativa para seu filho. As crianças relaxam quando fazem brincadeiras que todos conhecem — e se esquecem de suas diferenças. Fraquezas que surgem na sala de aula podem desaparecer com um brinquedo.
6. Seja um exemplo com amizades para ajudar o filho a fazer amigos
As crianças realmente aprendem pelo exemplo; portanto, preste atenção em como você interage com os outros. Cada vez que você inicia uma conversa com amigos ou vizinhos, ou mesmo, com o caixa do supermercado, seu filho está ciente.
Certifique-se de que sua família se comunica de maneira respeitosa, atenciosa e gentil, com habilidades positivas na resolução de conflitos, compartilhamento e capacidade de compromisso. Quase todo cenário se torna uma oportunidade de aprendizado, permitindo que seu filho veja como você participa, negocia e resolve problemas.
7. Procure amizades fora da escola
Se as interações sociais são difíceis para seu filho, você pode preferir evitar ou ignorar o problema. Mas a criança não aprenderá a melhorar o relacionamento sempre sentada em casa com você.
É essencial estimular e empurrar gradualmente uma criança tímida um pouco além de sua zona de conforto para novas situações, sempre com orientação e incentivo gentis. Planeje e organize encontros para o seu filho.
Uma sugestão é convidar outras crianças para sua casa, porque ao hospedá-las, é possível mantê-lo confortável enquanto tenta fazer amigos. É provável que se sinta mais seguro e relaxado em casa do que na de outra pessoa.
Certifique-se, porém, de que os jogos e atividades sejam cooperativos, e não competitivos. As crianças se dão melhor quando cooperam do que quando competem entre si. As atividades cooperativas incluem arte, teatro e iniciativas de voluntariado.
Coloque em prática as dicas mencionadas no artigo com todo carinho e dedicação. Você verá seu filho conseguir fazer amizades que poderão durar a vida toda!
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