A tecnologia assistiva é uma virada de jogo para muitas de nossas crianças com dislexia e outras dificuldades de aprendizagem. Os problemas em aprender são causados por uma falha de conexão cerebral única, e não por falta de inteligência.
Os alunos cujos cérebros estão programados para terem dificuldades de aprendizagem não só podem, mas devem usar ferramentas tecnológicas para ajudá-los no conhecimento baseado na linguagem.
Continue a leitura e saiba mais sobre a dislexia e como facilitar a experiência escolar de crianças disléxicas.
Quais são os diferentes tipos de dislexia?
Existem diferentes maneiras pelas quais as crianças com dislexia podem ter problemas em desenvolver a leitura. Por exemplo, algumas têm dificuldade em pronunciar palavras, enquanto outras não conseguem reconhecer facilmente as palavras de primeira.
Diferentes desafios de leitura podem estar ligados a combinações específicas de genes. Assim, as experiências de aprendizagem de uma criança também afetam a forma como o cérebro se organiza para a leitura.
Não existem tipos oficiais de dislexia, mas sim, subtipos. Os subtipos de dislexia são como as peças de um quebra-cabeça. Juntos, eles formam grupos com um perfil único de quais são as dificuldades na leitura que uma criança tem.
Esses detalhes podem ajudar escolas e famílias a encontrarem o suporte certo para atender às necessidades de cada aluno. Vejamos, a seguir, os principais subtipos de dislexia.
Dislexia disfonética
Também chamada de dislexia fonológica ou auditiva, geralmente é nela que as pessoas pensam quando se fala em dislexia. É difícil quebrar os sons da linguagem e combiná-los com símbolos escritos.
Os desafios do processamento fonológico dificultam a pronúncia ou a decodificação das palavras. Muitos acreditam que a dislexia fonológica é o subtipo mais comum, já que grande parte das crianças com dislexia têm algum grau de dificuldade com os sons das palavras.
Dislexia diseidética
Crianças com esse subtipo podem não ter problemas em pronunciar novas palavras, mas têm dificuldade em reconhecer, à primeira vista, termos comuns. Pode levar mais tempo para elas chegarem ao ponto em que consigam reconhecer determinada palavra instantaneamente, sem a necessidade de pronunciá-la.
Isso provavelmente ocorre porque o cérebro tem dificuldade para lembrar a aparência da palavra. Alunos com essa disfunção podem ter problemas específicos com orações que não soam da maneira como são soletradas e que precisam ser memorizadas.
A dislexia diseidética também é chamada de dislexia visual. Muitas crianças apresentam as dislexias visual e fonológica porque problemas com a decodificação podem atrapalhar o domínio de palavras à primeira vista. Leitores com dificuldades podem não encontrar um termo com a frequência suficiente para começar a reconhecê-lo rapidamente.
Dificuldade de nomenclatura rápida
Muitas crianças com dislexia têm dificuldade em nomear rapidamente coisas como letras, números e cores quando as veem. Elas podem dizer os nomes, mas demoram mais para nomear em sequência. Esse déficit está normalmente relacionado a problemas com a velocidade de leitura e de processamento.
Dislexia mista
Significa que uma pessoa com dislexia está lutando com dois aspectos da leitura. Geralmente, é usado para descrever problemas em identificar os sons nas palavras, junto a dificuldades com a velocidade de nomenclatura.
Acredita-se que a dislexia fonológica e o déficit de nomenclatura rápida são desafios separados, mas que podem acontecer juntos. Ter as duas dificuldades ao mesmo tempo pode resultar em uma dislexia com maior gravidade.
Como a tecnologia pode ajudar as crianças com dislexia?
A tecnologia ajuda as crianças a acompanharem o nível da série em que estão, mesmo que sua leitura, escrita ou ortografia estejam atrasadas com relação ao resto de sua turma. Existe uma grande variedade de recursos de hardware e software para computador, bem como vários dispositivos portáteis com realidade virtual, que são projetados, especificamente, para tornar a vida mais fácil para crianças e adultos com dislexia.
As ferramentas que ajudam os alunos com dificuldades de aprendizagem baseadas na linguagem, como dislexia e disgrafia, são aquelas que desenvolvem:
- o incentivo à leitura e à escrita;
- a minimização das dificuldades de aprendizado;
- a potencialização da capacidade de aprendizado.
A seguir, destacamos alguns exemplos de tecnologia que ajudam as crianças disléxicas no processo de ensino.
Programa de reconhecimento de voz
Esse programa permite que os usuários ditem ou falem com um computador, que usa um software para converter as palavras em texto. É muito interessante para estudantes que têm dificuldade em escrever e-mails, fazer resenhas e resumos ou outras comunicações por escrito.
Software de conversão de texto para voz
Possibilita que as crianças entendam o material escrito que lhes é apresentado e revisem ou verifiquem suas próprias tarefas.
Utilitário de mapeamento mental
Tem como finalidade possibilitar que os disléxicos planejem seu trabalho de maneira mais rápida e eficaz.
Programas de digitalização e canetas de leitura manual
Permitem que os alunos armazenem e ouçam o texto encontrado em livros e outros documentos.
Corretores ortográficos
Projetados especificamente para a dislexia, a fim de fazer correções automáticas nas comunicações escritas. Já existem no mercado, também, canetas smart, que podem ser usadas para escrever, mas que rastreiam o texto que está sendo escrito e recriam as notas em formato digital.
A caneta pode, então, carregar o texto em um smartphone, computador ou tablet, para permitir o processamento posterior ou a distribuição eletrônica. Vários modelos estão disponíveis, possuindo diferentes pontos fortes e fracos.
Tablets, smartphones e aplicativos
Há uma ampla gama de plataformas de hardware e aplicativos de software que podem ajudar os estudantes a gerenciar seu tempo e lista de tarefas de forma mais eficaz, ou trabalhar em conjunto com outros dispositivos de hardware, como as canetas smart mencionadas.
Programas de aprendizagem baseados em computador
Eles são ideais para uso em aula digital e são criados especificamente para disléxicos, ajudando a aprimorar suas habilidades de leitura, escrita, digitação e numeração.
Podemos concluir que os pais devem ficar atentos ao escolher a escola dos filhos, para saber se ela oferece a metodologia e os incentivos adequados para ajudar as crianças com dislexia. Vale a pena conferir se há recursos tecnológicos que facilitem o processo de aprendizagem.
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