Muitos estudantes passam por problemas parecidos ao se prepararem para uma prova: pegam o livro, começam a leitura, mas a concentração não colabora. Ou, ainda, estudam na véspera, fazem o teste e, dias depois, já não se lembram de nada. É para driblar esses desafios que a Pirâmide da Aprendizagem pode ser usada.
Ela é uma teoria que visa à otimização na retenção dos conteúdos pelos alunos. Pode ser aplicada para qualquer idade, mas aqueles que se preparam para o Enem e vestibulares podem usufruir ainda mais de seus benefícios.
O conceito foi difundido por William Glasser, psiquiatra norte-americano que estudava a saúde mental, o comportamento humano e a educação. Suas pesquisas trouxeram uma mudança na visão do ensino, ao induzir mais autonomia ao estudante.
Continue lendo e entenda como a Pirâmide da Aprendizagem funciona e como inseri-la na rotina de estudos de seu filho!
O que é Pirâmide da Aprendizagem
A teoria apresenta uma nova e mais eficaz forma de aprender. O modelo tradicional é aquele expositivo, no qual o professor toma a iniciativa e ensina a matéria ao aluno que, sentado na cadeira, escuta tudo, passivamente. Já o modelo de Glasser faz parte das metodologias alternativas. A proposta é aumentar um pouco mais a participação desse estudante, a fim de que ele se torne mais ativo no seu próprio processo de aprendizagem.
Ela defende que a assimilação do conteúdo pode ser melhor, dependendo do modo como acontece o estudo. Quanto mais interativo, maior a fixação. Ou seja, os dias passam e a matéria continua fresquinha na cabeça.
Ao estudar em casa, a ideia é substituir, nesse momento, a tradicional leitura do texto por algo que otimize a concentração e a compreensão. O estudante pode contar com a ajuda da própria família ou de um grupo de colegas, a fim de que o processo gere melhores resultados.
A Pirâmide de Aprendizagem faz uma comparação entre os resultados obtidos na retenção da matéria, de acordo com a forma de estudar. Acontece da seguinte maneira:
· na simples leitura: aprendemos 10% da matéria;
· ao escutar alguém falando: 20%;
· ao assistir a um vídeo ou observar algo: 30%;
· ao escutar e observar ao mesmo tempo: 50%;
· ao conversar ou debater sobre o tema: 70%;
· ao fazer, escrever ou praticar: 80%;
· ao ensinar alguém: 95%.
Vantagens da Pirâmide da Aprendizagem
A maior vantagem desse recurso é fazer o aluno perceber que ele é o maior responsável pela sua aprendizagem. O modelo tradicional, do professor dando aula, não precisa ser deixado de lado, mas o aprendiz pode — e deve — complementar o processo com formas que colaboram para a apreensão das informações.
Na realidade atual, em que o adolescente é rodeado por inúmeras distrações, como smartphone, Netflix, videogames e redes sociais, é necessário encontrar meios que combatam tais estímulos. Esse método colabora com isso, ao tornar o estudante protagonista da sua evolução.
O resultado é um maior engajamento nos estudos. Como ele percebe estar entendendo e fixando a matéria, torna-se mais interessado e motivado em continuar nesse processo. Isso é mais relevante ainda no Ensino Médio, já que os adolescentes necessitam de uma rotina de dedicação.
Como a Pirâmide da Aprendizagem pode ajudar seu filho
Em casa, você pode ajudar seu filho nos estudos, mesmo se não se lembrar mais nada da matéria. É só seguir os exemplos que preparamos!
Procurar por videoaulas no YouTube
Aqui o estudante “escuta e observa”, o que o ajuda a fixar por volta de 50% do conteúdo.
Sabendo que jovens adoram passar horas entretidos, assistindo a influencers na internet, então é uma boa unir o útil ao agradável e incentivá-lo a ver aulas bem dinâmicas pelo YouTube.
Existem diversos canais e são muitos professores especializados, que passam conteúdos gratuitamente e de forma dinâmica. As aulas podem ser focadas nas matérias do Ensino Fundamental ou Ensino Médio, dependendo do objetivo.
Para encontrar os melhores canais, pesquise, no próprio YouTube, por palavras-chave que possam levar ao vídeo desejado. Por exemplo: “canais para estudar para o Enem”, “canais de Física Ensino Médio”, “Revolução Francesa Ensino Médio”, entre outros.
Provavelmente, vocês encontrarão diversos professores diferentes. Então, a dica é conhecê-los aos poucos até encontrar um com o qual seu filho se identifique mais.
Ler e discutir com ele
Essa prática ajuda na retenção de 70%, segundo a teoria. Aqui, vocês podem ler a matéria juntos ou assistir a um vídeo e, depois, discutirem sobre os pontos mais interessantes do conteúdo ou o que cada um compreendeu.
A sugestão é deixá-lo guiar a discussão. Com isso, você verifica o tanto que ele conseguiu apreender do tema e ainda entra no benefício do “fixar o conteúdo enquanto ensina”.
Assinar um site de resolução de questões
A ideia, aqui, é incentivar a prática. Uma possibilidade é fazer a assinatura de sites de resoluções de questões de vestibular. Lá, ficam reunidos exercícios para os estudantes resolverem na própria plataforma.
Nesse sentido, ajude seu filho a montar um cronograma de estudos, em que haja um tempo para resolver um pouco de questões por dia. Assim, a aprendizagem é mais rápida e dificilmente o assunto ficará esquecido.
Outra sugestão é a produção de resumos em fichas pequenas. Eles contribuem para a memorização e podem ser consultados várias vezes, até o dia da prova.
Ser aluno dele
Vimos que a melhor forma de o estudante fixar o conteúdo é explicá-lo. Então, a sugestão é você fazer o papel de aluno, e ele de professor. Faça perguntas e demonstre interesse no tema, pois é uma forma de motivá-lo mais.
Pode até não existir a metodologia de ensino perfeita, visto que cada estudante se adapta a uma forma. Contudo, um modelo ativo, que induza o aluno a participar mais do processo, como a Pirâmide da Aprendizagem, tende a despertar mais curiosidade e motivação, o que é essencial para um bom estudo.
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