Sabemos que todos os pais querem ver seus filhos crescendo saudáveis, desenvolvendo sua inteligência emocional e intelectual e tornando-se jovens e adultos independentes, donos de si. Para que isso aconteça, é necessário incentivar os pequenos desde cedo a pensar soluções criativas para superar os próprios desafios!
Se você tende a blindar seus filhos de todo e qualquer obstáculo, saiba que, no futuro, essa postura poderá mais prejudicar do que ajudar, afinal, um traço comum do ser humano é que ele só evolui ao superar entraves. Tem sido assim desde a Pré-história!
Foi pensando nisso que preparamos uma lista com algumas ações que você tomar para estimular seu filho a ser inventivo e engajado na resolução das situações-problemas do cotidiano!
1. Incentivar a curiosidade e as perguntas
Lembre-se de quando você era criança. Há uma fase em que somos naturalmente curiosos a respeito de como o mundo funciona, não é verdade? Queremos testar limites, entender por que as coisas são do jeito que são, e, portanto, bombardeamos os adultos que nos rodeiam com perguntas.
É triste perceber que esse ímpeto de investigação e descoberta é coibido tão logo se inicia por pais e até pelas instituições de ensino despreparadas, as quais, ao invés de alimentar a curiosidade, tentam desenraiza-la. Se você quiser educar um adulto que não se contenta com respostas prontas e que deseja entender o universo que o rodeia, para, quem sabe um dia, melhorá-lo, alimente o fogo do interesse.
Arranje tempo para sentar com os pequenos e dialogar sobre tudo o que eles quiserem saber. Tenha paciência e embarque com ele na jornada pelo conhecimento, pesquise, leia e incentive sua fome por informação.
2. Resolver situações-problema
Sabe aquela aversão que seu filho tem de ir ao dentista? Ou impaciência na hora de montar algum brinquedo, e até aquela irritação infantil na hora que as coisas não saem como ele quer? É nesses momentos que novas ideias podem surgir.
Perceba que o importante não é que essas ideias sejam viáveis, mas que a criança se concentre para tentar sanar algum impasse, em “pensar fora da caixa”, em elaborar estratégias. Esse esforço mental para achar um saída contribui enormemente para o desenvolvimento cognitivo infantil.
3. Estimular a autoexpressão e a formulação de teorias
Uma criança, em todas as fases de seu desenvolvimento, precisa expressar suas emoções. O choro de um bebê nada mais é do que a expressão de algo que o aflige, como um desconforto, uma necessidade etc. À medida que ele for crescendo, entretanto, seus mecanismos de autoexpressão ficarão mais sofisticados e ele procurará outras formas de interagir com o mundo e torná-lo consciente do que se passa em seu interior.
A arte é uma excelente maneira de permitir essa externalização de sentimentos. Ela funciona, muitas vezes, como uma válvula de escape não só para angústia, mas também para a criatividade e para a inteligência, fornecendo instrumentos para que a criança materialize seus desejos e dificuldades.
Seja por meio da dança, da pintura, dos esportes, do teatro ou da música deixe sempre claro a seu filho o quão saudável é investir tempo nessas iniciativas. Como a arte é o terreno da experimentação, seu filho será encorajado a voar alto e a buscar novos horizontes.
4. Desenvolver o raciocínio lógico
Aqui você irá precisar liderar pelo exemplo. Procure aguçar sua capacidade de deduzir, de raciocinar logicamente sem a ajuda de calculadoras ou outros recursos eletrônicos, fazendo contas de cabeça, por exemplo, ou fazendo jogos como Sudoku ou palavras-cruzadas.
Treine seu cérebro, aprenda uma nova língua, só assim seu filho se sentirá inspirado a fazer o mesmo. Um personagem literário referência para esse tipo de postura é Sherlock Holmes. Procure versões infantis das histórias e jogos inspirados nele. A capacidade de compreender a conexão entre causa e consequência é importantíssima ao longo de nossa vida, e treinar a percepção infantil (sempre respeitando os limites da idade) facilitará essa postura analítica.
5. Optar por brinquedos que despertem a imaginação
Ao invés de permitir que seu filho invista todo seu tempo em programas de televisão, que costumam deixar a criança em uma posição passiva (de receptor/espectador de uma mensagem), incentive-o a montar um quebra-cabeças, por exemplo, ou a ler, ou a construir esculturas com pecinhas.
Tenha em mente que o grande diferencial desses brinquedos é que eles representem desafios. A atenção da criança é direcionada a algo que não está pronto, e que só funcionará se ela se dedicar em participar da brincadeira. Seu filho precisa se sentir empoderado no sentido de resolver esses pequenos entraves, para que, mais tarde, sinta-se responsável por si mesmo, sua casa, seu dia a dia e capaz de responder por suas ações.
6. Cultivar o hábito da leitura
A leitura estimula a imaginação. Ela não só é divertida, como também essencial para o amadurecimento de um indivíduo. Geralmente, ao envelhecermos e passarmos da adolescência à fase adulta, perdemos o senso de admiração com o que nos cerca. Você já deve ter percebido que tudo vira mundano, lugar-comum.
É importante que o senso de descoberta e imaginação não seja extinto. A criança que for incentivada a imaginar novos cenários, a formular teorias e a se identificar com personagens, nunca cessará de ver as possibilidades do mundo e será mais criativa ao lidar com os obstáculos diários pessoais e profissionais.
Além de ser um portal para outros mundos, outras formas de vida e ideias, a leitura desperta a empatia, a habilidade de se colocar no lugar de outrem. Isso promoverá a tolerância e propiciará que seu filho saiba lidar com a diversidade e respeite o que é diferente.
7. Encontrar soluções criativas
As ações listadas aqui têm muito a ver com a capacidade de tomar decisões. É importante que seu filho sinta-se empoderado para decidir, que a ele sejam dadas opções de escolha e que sua opinião seja levada em conta.
As crianças precisam sentir que suas vozes são ouvidas e respeitadas. Só assim elas terão segurança suficiente para expressar sua criatividade e elaborar soluções criativas para seus impasses.
Nossa lista de ações o inspirou? Então confira agora nossas considerações sobre como desenvolver a inteligência emocional de seu filho!