Escola do futuro: como ela vai preparar os alunos para a vida?

Escola do futuro: como ela vai preparar os alunos para a vida?

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O uso de recursos tecnológicos no ambiente do aprendizado, assim como a crescente interatividade das instituições de ensino com as famílias dos alunos, são só alguns dos pontos que estruturam a chamada escola do futuro.

A transformação digital está revolucionando a indústria, o mercado de trabalho, as formas de lazer e consumo. Mas as mudanças não param por aí. O ensino também sente os impactos da inserção da tecnologia nas rotinas diárias. Cada vez mais, os recursos digitais são encarados como ferramentas de trabalho e de crescimento pessoal.

Para tal, a adaptação da escola para as novas necessidades apresentadas pelos alunos contribui para um ensino voltado para inovações. Afinal, o processo educativo mudou. Ensinar já não diz respeito apenas ao lápis, papel, quadro e giz. A nova educação tem um viés cada vez mais prático e há uma atenção direta às mutações que estão afetando a sociedade.

Quer saber como a chamada escola do futuro vai preparar os alunos para a vida? Continue a leitura!

Escola do futuro: novas formas de aprender ao explorar a informação

A escola do futuro não está mais limitada apenas ao espaço da sala de aula. Da mesma maneira, o educador já não é mais a única referência de ensino e conhecimento — nem mesmo é considerado a fonte máxima do saber. Atualmente, a escola educa para a vida.

O estudante que hoje adentra no ensino escolar, com alguns cliques, consegue realizar pesquisas, esclarecer dúvidas, ou mesmo descobrir novos universos, a partir de documentários que passam pela televisão ou mesmo pelo celular.

Se em um passado não muito distante o ritmo da transformação histórica não era tão acelerado — e ficava registrado em grandes coleções de livros —, hoje a narrativa está em constante metamorfose.

Mas como isso impacta no ensino? É preciso compreender que a educação do futuro precisa se adaptar por meio de novos métodos, para que sejam conquistados os resultados esperados. Só dessa forma será possível ter uma visão clara de como será o processo educativo nos próximos anos.

Separamos as 6 principais mudanças esperadas no ensino do futuro, mas que — em alguns casos — já podem ser encontradas nas escolas da atualidade.

1. Tecnologia como ferramenta de ensino

A principal mudança a ser encontrada na escola do futuro está relacionada ao uso da tecnologia como ferramenta de ensino. Não se trata mais apenas de inserir computadores ou tablets como ponte para o aprendizado, mas de entender que os recursos da transformação digital colaboram em inúmeras vertentes, como:

  • automação de processos, seja substituindo tarefas manuais (a exemplo de registros de notas e presenças) ou na organização da rotina;
  • interatividade, estimulando a troca de experiências entre turmas, professores ou com o universo externo ao ambiente escolar;
  • digitalização, com conteúdos apresentados em plataformas virtuais e tarefas executadas a partir da interação com telas digitais;
  • big data, como ferramenta de análise de dados e identificação de comportamentos e falhas que possam ser aprimorados tanto nos alunos, quanto nos educadores.

O jovem brasileiro passa cerca de 190 minutos, por dia, na internet. Explorar maneiras de tirar proveito desse tempo é um bom ponto de partida.

2. Valorização da interatividade

Não é apenas a interação com o conhecimento, a partir da realidade virtual, que vai ser uma realidade na escola do futuro. Há a necessidade de que o aluno esteja cada vez mais interligado com a informação, para uma plena compreensão do saber.

A ideia de salas de aula com fileiras de carteiras, alunos sentados por muitas horas e o professor como referência central da informação já está sendo substituída por outras abordagens.

Os alunos são levados a compartilhar experiências e experimentar interações com colegas ou máquinas. Além disso, o processo da sociabilidade — sem uma rígida ligação com um único ambiente —, quebra paradigmas e traz benefícios para o desenvolvimento das habilidades interpessoais dos alunos.

3. Proximidade com a família

Cada vez mais os pais buscam nas escolas um ambiente de confiança, seguro, e com o qual possam compartilhar as grandes responsabilidades relacionadas com a educação.

Para isso, a transformação digital oferece ferramentas, como plataformas interativas, que possibilitam que a família acompanhe de perto a rotina escolar.

Mas essa interação não fica restrita ao universo digital. Os pais buscam por instituições que compartilhem de mesmas ideias e visões de mundo. Por essa razão, o processo construtivo do saber deve ser realizado em conjunto, entre família e equipe escolar.

4. Aproveitamento do conhecimento prévio do aluno

Com alunos cada vez mais informados e questionadores, explorar os conhecimentos prévios e a bagagem que é trazida para a sala de aula é uma vantagem para o educador.

Como o professor já não é mais a fonte central do saber, e atua muito mais como um mediador do conhecimento, é válido abrir espaço para a interação entre alunos e escola — e, assim, garantir o aproveitamento das experiências que esse aluno traz da sua vida pessoal.

5. Inclusão e respeito às diferenças

Alunos conscientes de seus lugares na sociedade e da importância do respeito ao outro — e dos direitos humanos — fazem parte da escola do futuro. Esse, aliás, é um trabalho que deve existir no ambiente escolar, mas como uma extensão do que é feito em casa.

O projeto pedagógico deve incluir discussões e informações sobre diversidade e inclusão, com ambientes adaptados para receber alunos que apresentem necessidades especiais. O estudante que é educado com esses princípios chega muito mais preparado ao mercado de trabalho.

6. Ensino híbrido

A junção entre os modelos de ensino formal e virtual, com uso da tecnologia, combina os benefícios da educação escolar tradicional, realizada em grupo, com a possibilidade do aprendizado remoto, por meio de plataformas de ensino.

Nesse caso, o aluno passa a contar com maior autonomia para construir o conhecimento, se dedicar aos estudos, experimentando uma realidade que é comum na vida adulta e com o acompanhamento do computador.

A prática do ensino híbrido transforma alunos em protagonistas do aprendizado, sem ignorar a importância da presença do professor como desenvolvedor do ensino.

Afinal, o educador  é aquele que vai estimular a troca de ideias, aprofundar conceitos e convidar os alunos ao debate, enquanto o vídeos, documentários e exercícios auxiliam na contextualização da matéria.

Agora que você já sabe o que esperar da escola do futuro, conheça os benefícios dessa nova abordagem.

Benefícios para o aluno: como a escola do futuro favorece o aprendizado

A escola do futuro combina ferramentas digitais com um olhar apurado ao que é apresentado como uma maneira de potencializar a aprendizagem. Mas quais as vantagens de um ensino voltado às inovações? Alguns pontos importantes são:

  • maior interação dos alunos com o conhecimento;
  • colaboração entre alunos e professores;
  • participação ativa dos educadores;
  • discussão de temas atuais;
  • tecnologia como aliada do aprendizado;
  • aulas dinâmicas e envolventes;
  • estímulo ao aprendizado autodidata;
  • redução da evasão escolar, ao aumentar o interesse dos alunos pelo ensino.

A escola do futuro vai preparar o aluno para a vida e para o mercado de trabalho a partir do uso dos recursos da transformação digital, aliados ao maior envolvimento com as reais necessidades deles.

Formatos rígidos, centrados no professor como personagem central e único do saber estão sendo substituídos por recursos que colocam o docente como um intermediador entre aluno, tecnologia e colegas.

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